O temido Cálculo Renal

O Cálculo Renal, ou a muito popularmente conhecida “pedra nos rins”, aflige milhões de pessoas no Brasil e no mundo, com uma dor muito forte, que deixa milhares de pacientes com reações de visível transtorno devido à dor.
Também chamada urolitíase, calculose urinária ou nefrolitíase, a doença é um quadro agudo que se instala mais nos homens do que nas mulheres. Os livros antigos de medicina diziam que é a dor mais próxima da de um parto que os homens podiam sentir. De acordo com o presidente da Sociedade de Urologia - Secção Minas Gerais, José Eduardo Távora, na verdade, cálculo renal é uma nomenclatura imprecisa. “Melhor seria chamá-lo de cálculo das vias urinárias porque pode acometer qualquer ponto do aparelho urinário constituído pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra”. Ele lembra que na maioria das vezes o cálculo renal é descoberto pelo médico de plantão em Unidades de Emergência, sendo uma condição clínica comum, dramática pela dor envolvida e de abordagem não uniformizada pela diversidade de informações a respeito. “Usualmente, o primeiro sintoma de um cálculo renal é uma dor intensa.
A dor começa subitamente quando a pedra se move no trato urinário, causando irritação e obstrução. Tipicamente, a pessoa sente uma dor aguda no dorso ou abdômen inferior. Pode ocorrer palpitação, náusea e vômito. Mais tarde, a dor pode chegar até a virilha” explica. Porém, frisa o Dr. Távora, que também é Coordenador do Serviço de Urologia do Hospital Vila da Serra, os cálculos renais podem não causar sintomas ou se manifestar de forma aguda como cólica renal. Ele informa que cálculos localizados no interior do rim (pelve renal) podem apresentar pouco ou nenhum sintoma. “Muitos cálculos renais pequenos podem ser eliminados na urina sem causar sintomas. Apesar disso, estes pequenos cálculos também podem causar estragos no sistema urinário. Existem casos em que o cálculo renal pode ser assintomático e crescer até um tamanho considerável, sem que o paciente o note” Na maioria dos casos, a descoberta de um cálculo renal ocorre com as famosas "cólicas renais".
Os sintomas geralmente são clássicos, como a dor na parte inferior das costas, no abdome lateral ou embaixo das costelas com irradiação para o testículo do mesmo lado ou para o grande lábio vaginal nas mulheres. Se há infecção urinária concomitante, o aparecimento de febre é comum. Você pode até sentir uma súbita vontade de urinar ou ter desconforto durante a passagem da urina. Quando o médico suspeita que um paciente possa ter cálculos renais, normalmente solicita exames que comprovem esta hipótese. Dentre estes exames pode-se citar a ultrassonografia, a radiografia dos rins (urografia excretora) e o exame de urina. Estes exames têm como objetivo localizar a pedra nos rins, determinar como está o fluxo urinário (se houver acúmulo de urina as vias urinárias podem ficar dilatadas, um fenômeno chamado de hidronefrose) e verificar se já existe infecção. A doença é duas vezes mais comum em homens e seu pico de incidência ocorre entre os 20 e 50 anos de idade. Oitenta por cento dos cálculos são formados por sais de cálcio. (Campbell e Introdução da Medicina Renal e Hidreletrolítica) O cálculo renal tem impacto social importante e de custo elevado, pois muitos pacientes se ausentam do trabalho por vários dias.
“O custo da doença é significativo na gestão de saúde nos dias de hoje e todos os esforços estão sendo feitos para otimizar os resultados do tratamento da patologia, uma vez que o índice de recorrência de um episódio de cálculo é em torno de 40% a 50% em cinco anos” , destaca o Dr. José Eduardo Távora. Nesse sentido, salienta o especialista, “é fundamental pensar em prevenção”. “Esta patologia está relacionada com os hábitos sociais e alimentares da vida adulta”, acrescenta. A vida atribulada, com hábitos alimentares inadequados, tem aumentado a prevalência de alguns tipos de cálculo, como o de ácido úrico, que formam o temido cálculo renal.As pessoas devem evitar em excesso de ingestão de sal e realizar uma consulta como urologista ou nefrologista para avaliação metabólica.” destaca. “A prevenção associada a uma abordagem multidisciplinar.(avaliação nutricional, nefrológica e urológica), além de mudança de hábitos sedentários e aumento na ingestão de líquidos tem-se mostrado como o melhor caminho atualmente. A avaliação metabólica destas pessoas tem conseguido mudar a história natural desta condição clínica após o primeiro episódio de cólica renal. Os avanços da área estão ligados ao lazer e cirurgias minimamente invasivas”, conclui o médico.
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